Foi uma quarta-feira muito bem passada. Não ia há mais de 40 anos ao Jardim Botânico, apesar da zona ser das que mais frequento em Lisboa. Rua da Escola Politécnica, Pastelaria Cister, Jardim do Príncipe Real, Rua de S. Pedro de Alcântara, a caminho daqui. E o Jardim Botânico foi ficando sempre para mais tarde.
Desta vez fui lá com a L., à procura do tal poilão que um anónimo referiu num comentário aqui, a propósito das minhas memórias guineenses. Procurei, impliquei um entendido do Jardim que se prontificou a ajudar-me, mas não encontrei poilão algum. Claro que eu não sabia o nome científico e também não sabia se a denominação poilão tinha alguma vez sido usada por estas bandas. Só tinha mesmo as recordações daqueles meus encontros guineenses, repetidos durante dez anos. Não era pouca coisa, para mim, mas indecifráfeis para qualquer outro.
Pois bem, parece-me que poilão não há por ali, mesmo com outro nome. Mas, em compensação, encontrei árvores da borracha inquietantemente fabulosas. Estão logo à entrada e deram aso a uma contemplação a duas vozes. A L. e eu interrogámo-nos sobre de onde nasciam ou para onde iam alguns ramos, se não eram ramos mas sim árvores, e como se tinham dado tais casamentos.
Quanto a mim, interessada desde sempre por lavores femininos (esta expressão tem muito que se lhe diga e será retomada em futuro post) não pude deixar de pensar num crochet, tão na moda actualmente. Ou talvez num macramé.
Afinal não inventamos nada.
As árvores mais vivas das árvores vivas. Parecem-me.
ResponderEliminarGosto da forma como as classificas : "inquietantemente fabulosas" de facto !
ResponderEliminare esses entrelaçados lembram mesmo um macramé, isso ainda se faz ? ;-)
Vera: se não se faz, deve estar quase a fazer-se de novo. Esteve tão na moda nos anos 70! Houve um bar em Lisboa(não é do teu tempo)que fez furor e que era todo decorado com macramé. Vê lá se descobres o nome :)
ResponderEliminarNão sei :-( conta lá !
ResponderEliminarMetro e Meio (Av. 5 de Outubro). Uma das sócias era a Flávia Monsaraz que fazia uns macramés fantásticos (entre muitas outras coisas)e que decorou o bar com eles.
ResponderEliminarDurante os anos 70 foi o bar mais badalado da cidade, onde se encontrava a élite artístico-intelectual. Tinha uma porta com 1,5m de altura.
Já lá vão muitos anos!
Então já não está na Guiné?
ResponderEliminaruhm parece-me que at+e a conheci em casa de um certo pintor ...
ResponderEliminarhelena, gosto muito quando desenterras essas pequenas historias, da-me vontade de tomar um cha contigo e ficar a ouvir -te ...
Anónimo: É verdade, já não estou. E porquê o anonimato? Gostava de não perder ninguèm que eu tenha conhecido nessa terra de que gosto tanto.
ResponderEliminarConhecemo-nos, não é?
Vera: Quando cá vieres, fica combinado. Chá ou café (dependendo da hora e local) com muita conversa, seguramente. A Inês percebeu que não vinhas cá no verão. É verdade?
De facto não nos conhecemos eu sou Português e foi em Portugal que conheci o seu blogue e que tenho seguido desde então com regularidade na ânsia actualizações.Se não se importa prefiro ficar no anonimato. gostava muito das fotos e comentários sobre a Guiné Bissau um país que pouco se fala e quando isso acontece é pela negativa, o seu blogue dava a conhecer o país real,com muita coisa negativa é certo(especialmente a corrupção não só dos africanos mas mais revoltante de alguns "tugas"que deveriam dar um outro exemplo) mas também com muitas coisas boas e belas que quem já lá viveu não consegue esquecer e o seu blogue era um refrigério para a saudade.
ResponderEliminarTudoo bem, se não nos conhecemos ... A propósito, como descobriu o blog?
ResponderEliminarJá voltei para Portugal há quase um ano e, apesar disso, o blog continuou a falar da Guiné-Bissau. Espero continuar a mostrar o cá e o lá, tudo misturado, tal como está no meu dia-a-dia. É que depois de se estar ligado àquele país por tanto tempo, as memórias duram, duram ... :)
pois é, neste verão decidimos que vamos ficar deste lado e dar uma grande volta americana de carro ...
ResponderEliminarVera: Como vos compreendo! E para os miúdos que experiência vai ser! Teremos que esperar mais um pouco pelo nosso chá.
ResponderEliminarNuma pesquisa sobre a Guiné Bissau
ResponderEliminarTambém acompanho este: http://bissaucalling.blogspot.com/
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