27 setembro 2009

2º volta

Enquanto por cá me deixava embalar pelo barulho das ondas, em Bissau, à beira de águas silenciosas, teve lugar a 2ª volta das presidenciais. O período de campanha decorreu sem incidentes e o dia da votação, como sempre, foi uma grande lição de democracia dada ao mundo.

A Guiné-Bissau no seu melhor, justificando o aumento da ajuda internacional.

Escrevo estas linhas depois de ter ido votar, em Lisboa, para as legislativas. Tomo consciência de que em menos de um ano terei seguido de perto 6 momentos eleitorais (3 cá e 3 lá). Não sei é muito bem o que é o cá e o lá.

26 setembro 2009

Peixes

Acho emocionante recolher, apanhar, o que quer que lhe queiram chamar. Uma árvore com frutos, uma horta (como adoro hortas bem arrumadas!) bem recheada, um barco prestes a chegar da faina são programas a que não resisto.

No caso do peixe o entusiasmo é maior ainda porque há uma dose de suspense. A rede virá vazia? Serão muitos os peixes? De que feitios? Será que mos vendem?

Fomos pois ao porto de pesca. Muito pequenino, lá no fundo. Os dois barcos já tinham chegado e o produto da pesca apenas cobria o fundo do alguidar. Quase nada e já guardado para amigos.

Desiludida, regressei a casa pronta a fazer uma pratada de peixinhos da horta. Ficaram muito bons, embora na fotografia possam parecer um pouco oleosos.

E a cobrir a mesa, lá esteve sempre presente a Guiné-Bissau, mais precisamente o mercado do Bairro Militar.

25 setembro 2009

Durante quinze dias tive direito àquilo que, diariamente, me fazia sonhar um pouco em Bissau, a saber:

Torradas fininhas de pão alentejano, muito bem passadas, com pouca manteiga

2 cafés curtos 2

Público em papel

Tive tudo isto para além dos netos, com direito a uma ou outra birra e tudo.

Como pano de fundo, o barulho do mar, o cheiro a algas e as falésias de pedra negra. Belas, de cortar a respiração. Muita coisa que não tive nesse "plat pays qui est (aussi) le mien".

Logo, não me faltou nada.

24 setembro 2009

Férias

As férias foram alentejanas, numa aldeia que já foi. Agora, com direito a rotunda e 1º andar, vendeu a alma ao habitual triste desenvolvimento.

Mas o mar continua lá e também as dunas, fazendo-me recordar outras da minha adolescência por onde escorregavam os mais afoitos. Era o nosso surf, numa época em que tal não existia e num lugar onde o mar não o teria aconselhado.

Acabaram com elas há muito, em troca duma piscina, onde nunca fui, e duma marginal. Passados 40 anos começa a haver, apesar de tudo, um pouco mais de cerimónia nas decisões. Mas as dunas de S. Pedro de Moel já lá não estão. Não voltarão.