25 fevereiro 2010

Lx - Bis -Lx

Alô, alô Bissau!

Bilhete comprado, Bissau à vista.

Até lá.

24 fevereiro 2010

Manhã

Farta de falar e ouvir falar do tempo, bastou uma réstea de sol para pensar que o terrível inverno tinha acabado. Parti para o Chiado bem cedo, direita ao Quiosque do Refresco do Largo Camões onde agora tenho um motivo de sobra para o visitar. Bica (boa, por sinal, apesar do copo de papel), empada de galinha. Desci para a Rua da Conceição que ainda trato, tal como a minha mãe fazia, por Rua dos Retroseiros, para comprar um acessório para a minha velhinha Singer e constatar mais uma vez que a variedade de fios de tricot é pouca em Portugal, apesar do renascimento dos crafts, um pouco por todo o lado.

De seguida fui visitar a Rua dos Bacalhoeiros onde a Conserveira de Lisboa se transformou em loja de culto. Lá comprei conservas de sardinha e também de anchovas, enquanto admirava pelo canto do olho uma senhora que em secretária própria se dedicava a montar as caixas de cartão e a embalar nelas as latas de peixe. A loja é pequena mas é linda, literalmente forrada de conservas, do chão ao tecto. Em frente ainda passei por uma antiga loja de cordas e outros materiais de embalagem, bem de acordo com a tradição da rua.

A caminho do almoço, comprei a Wall Paper de Março e instalei-me na Adega das Mercês onde comi as habituais pataniscas com arroz de grelos. O ambiente é simpático, sinto-me lá bem tratada desde sempre e estou grata aos donos por, apesar da crise, terem sabido conservar o ambiente e a ementa próprios dos restaurantes do Bairro Alto, onde almocei diariamente durante quase vinte anos.

Passagem pela Bertrand e visita a uma merceeria de um guineense, vizinha da Igreja de S. Domingos, onde descobri manteiga de amendoim, óleo de palma e produtos para o cabelo, como é de regra.

Claro que o sol desaparecera há muito, não fosse eu pensar que me encontrava a passear pelo mercado do Bandim.

20 fevereiro 2010

1 ano

Fotografia de Marta Jorge

Fez há dias um ano que iniciei este blog. Acabo de reler o primeiro post e lembro-me bem de como foi emocionante publicá-lo. Nem tem fotografias por ainda não saber colocá-las e ter querido acabar depressa com a fase de preparação que se eternizava, pondo-me um pouco ansiosa.

Durante seis meses ele foi muito importante pois fui-me entusiasmando com uma nova descoberta que se revelava muito mais divertida do que previra. Para além disso, preencheu-me os serões pouco animados de Bissau. Foi emocionante ver aumentar o número de visitas e sobretudo ver nascer essas relações tão especiais que são as da blogosfera. Algumas vão-se tecendo não se sabe bem porquê, enquanto que noutros casos as afinidades são por demais evidentes. E um dia surpreendemo-nos a pensar nessas pessoas como se de amigos se tratasse.

Regressada a Portugal, fui tomada por uma fase de reinstalação que me fez perder o fio à meada e me trouxe inseguranças várias. Será que a minha vidinha lisboeta justifica que se escreva sobre ela? Será que o nome do blog ainda faz sentido? Será que tudo isto interessa a alguém?

Mas continuo a gostar de me sentir parte desta rede de escrita – fotos - publicação - visitas – comentários – respostas a estes – nova escrita, etc.. Portanto, um ano depois, de novo insegura, vou mesmo, mais uma vez, partir.

Até breve e obrigada a todos os que têm insistido em me visitar, apesar de pouco haver para ser visitado.