Em vez de casas a ilha tem agora gruas que trabalham para abrir uma nova barra. Parece que a existente que separa a ilha da de Tavira está açoreada e a nova vai ser cortada um pouco ao lado da abertura feita pelo mar no último inverno.
Há em terra, no cais de embarque, um painel com a localização dos trabalhos, com um pedido de desculpas pelo incómodo e pouco mais. Sobre as razões da opção, nem uma palavra. Mais uma vez considera-se que o cidadão comum não merece saber por que lhe vão cortar a ilha ao meio, mesmo ao lado do ancoradoro onde chega e donde parte. Por que razão vão tornar impossíveis os longos passeios para nascente.
Há seguramente boas razões para tal mas por que não mereço ser informada?
As barras das ilhas barreiras migram naturalmente de poente para nascente. A Ria, ou seja a zona interior ás ilhas tem uma tendência natural para assurar. A questão que se coloca a quem tem de gerir este espaço é, deixar a natureza seguir o seu curso natural e com isso condicionar todas as actividades económicas da ria. Ou manter as barras abertas, a circulação de água, os canais navegaveis, de modo a manter "artificialmente" a situação actual.
ResponderEliminarCoisas de fazer: Obrigada pela explicação. Só mais uma dúvida: neste caso parece que a barra existente está a assorear (foi o que ouvi) e este inverno o mar abriu uma passagem a poente dela, o que me parece ser contrário a essa tendência natural para migrarem de poente para nascente.
ResponderEliminarQuanto a ese aspecto de se optar por manter as actividades económicas existentes, faz para mim todo o sentido. Eu que adoro bivalves tenho às vezes tendência para me esquecer dos viveiros.
Mas por que não desassorear a barra actual, mais a nascente?