Impossível não pensar numa época em que os murais nasciam a toda a hora nas paredes da cidade, ilustrando de imediato os acontecimentos. Saía-se de manhã e lá estava mais um. Se exceptuarmos aqueles em que operários apareciam com caras de criminosos (nunca percebi qual a intenção), os murais em Lisboa eram muito festivos e alguns mesmo lindíssimos.
Tudo muito diferente desta vaga de grafitis que surgem mal um edifício é restaurado e que fazem nascer em mim ondas de desejos de repressão e vingança.
Lembro-me tão bem as primeiras imagens das paredes de Lisboa... uns 25 anos atrás. As mais belas eram as da Av. da India, imensas e impressionantes!
ResponderEliminareu também tenho essas ondas repressivas dessas quando vou a lisboa , não percebo o "vanguardismo" português dos grafitis por todo o lado ... parece-me pura e simplesmente poluição visual, como se um DJ (mesmo que fosse um DJ "de culto") pudesse ir pôr música onde lhe desse na cabeça e a altos berros ...
ResponderEliminarDiane: As de há 25 anos eram já a fase final. penso que me lembro dessas da Av. 24 de Julho, enormes mas não tão bonitas como as de há 30-35 anos atrás.
ResponderEliminarVera: Acho que não invocam sequer o vanguardismo, antes se assumem como delinquentes. Quanto à música, Vera, vê-se que não vives em Lisboa há muito tempo. Nem é preciso ser DJ para encher as ruas de música, a qualquer hora. Há uns anos descobriram que era muito giro encher a Baixa de música todo o dia. As esplanadas com música sucedem-se e se a do lado tb tem música, paciência, cada qual tem direito à sua. Isto atingiu o absurdo e quem poderia impedi-lo parece gostar.