19 março 2009

Jagudis

Foto de Mónica Musoni
São abutres enormes. A percepção do primeiro, depois de um outro, e a constatação de que estão por todo o lado, tal como pombos nas nossas cidades, era, até há pouco, um dos primeiros choques que sofria quem chegava a Bissau.
Diz-se que são muito queridos dos guineenses e que no tempo colonial era mesmo proibido matá-los por terem um papel importante na limpeza da cidade. Tentei conferir esta informação e constatei que pelo menos os jovens desconhecem-na. Tal como na Europa associam-nos a cadáveres e quanto a carinho ... nada!
Hoje há menos abutres poisados nos muros dos quintais e nos passeios do centro da cidade do que quando visitei Bissau pela primeira vez. Pairam lá no alto, constantemente, pintalgando de asas negras o céu desmaiado.
De vez em quando descubro locais da sua preferência e fico a olhar estarrecida.

2 comentários:

  1. brrr! já me tinhas contado mas vê-los é ainda pior. a parte gira é que me fazem logo pensar no lucky luke, :)

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  2. A primeira vez que os vi foi no muro que circunda o Hospital Simão Mendes. Lá estavam eles a olhar o grande monte de lixo que por lá havia. Na altura fiquei sem palavras.

    Entretanto, também acho que foram diminuindo. A cidade começou a ficar mais limpa...

    Já agora: Como está a correr o projecto "Escola Limpa"?

    Beijinhos

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