O meu primeiro contacto com as capulanas aconteceu em Moçambique, no final dos anos 80. O artesanato era aí de perder a cabeça, apesar da guerra civil, e os panos entusiasmaram-me. Desde então nunca mais fiz uma mala, fosse para fim-de-semana, férias ou missão, sem meter dentro duas ou três capulanas.
São o objecto polivalente por excelência. Já foram lençóis em situações bem difíceis (lembro-me de Porto Amboim em 1990 e de Bombaim em 2000) e também toalhas e lençol de banho. No sector da decoração tapam mesas e sofás em casas de férias, para além do uso mais banal como toalhas de praia.
São leves, pouco volumosas, o ideal para meter na mala para o que der e vier. Dão-me segurança, permitindo-me sentir em casa quando a situação é menos confortável. É a última peça a meter na mala, tapando todo o recheio e a primeira a dar-me as boas vindas quando a abro num novo local. Adoro malas de viagem e para mim elas não existem sem capulanas.
Desta vez esperam-me os amigos e, à volta deles, o conhecido. As capulanas terão pois uma missão de menor responsabilidade.
Gostei de saber!Sou moçambicana e agora estou vivendo em Portugal.Interessante como dá um post tão íntimo um simples pedaço de pano.Parabéns...:))
ResponderEliminarvitoria.
Nós usávamo~las também como cortina para o sol nas longas viagens de carro, como lençois em cima dos lençois dos hoteis-espeluncas por onde andámos, e chegámos mesmo a oferece~las a uns passantes no niger que ficaram muito, muito contentes
ResponderEliminarbjs e boa viagem, vera
ai, as capulanas em bombaim! salvaram-nos, a verdade é essa...
ResponderEliminarAs encontro aqui em Roma por preços exorbitantes, mas compro com paixao. Luciana
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