17 junho 2009

Água

A propósito de água registo aqui que teve início há dias a fase da chuva nocturna. Acorda-se de manhã e sob um sol abrasador lá estão as poças de água a atestá-la. Nesta época é ainda mais difícil de aceitar como normal que grande parte da população viva condicionada pela falta de água. Condiciona tudo mas sobretudo o futuro de mulheres e crianças, especialmente raparigas. Muito mais importante do que ir à escola é garantir o abastecimento de água à família o que significa transportá-la à cabeça durante longas caminhadas. Nos bairros de Bissau há aqui e ali um fontanário mas no interior essas caminhadas são muitas vezes de kms.

A escola vem depois e muitas vezes não vem. A água sim, é essencial à sobrevivência de todos.

A vida está assim condicionada pelas dificuldades de acesso à água embora ela, durante meses, vá correr a jorros, arrastando tudo.

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Tivemos hoje a primeira manhã de chuva e tudo indica que ela continuará durante a tarde. Chuva simpática uma vez que esperou pelo fim do III Torneio de ténis da Cooperação Portuguesa e pela pintura do mural da Escola Limpa (ambos os acontecimentos tiveram lugar ontem).

Agora chegou o momento de todos aqueles que se lamentavam por a chuva não ter ainda chegado em força passarem a lamentar a lama, os mosquitos e, claro, a própria chuva.

5 comentários:

  1. No meu tempo as chuvas foram certinhas. Chuveu quando era esperado e para quem não tinha experiência desse tipo de chuva, súbita, forte e intensa, e parando depois tão rapidamente como começou, foi de facto um espectáculo inolvidável. E as trovoadas a acompanhar? Que espectáculo! Para o final da época também a pontualidade era inquestionável. O tornado das 18.30 em Bissau não falhava!
    Hélder Sousa

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  2. No meu tempo a chuva aconteceu quando era esperada. Para quem não estava habituado a esses fenómenos, rapidez na ventania, súbito despejar de gotas grossas que num ápice se transformam em catadupas, que passado algum tempo desaparecem quase tão subitamente como vieram, foi de facto um espectáculo inolvidável. E as trovoadas? E os relâmpagos?
    Lá para o final da época a pontualidade do tornado das 18.30 em Bissau era inquestionável. Certinho como um relógio!
    Hélder Sousa

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  3. Rosa: procederei em conformidade :-)

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