Acho-os, desde a minha primeira visita, o maior atractivo do mercado do Bandim. São brilhantes, de formas mil e de todos os tamanhos.
Durante muito tempo sonhei comprar alguns e hesitei na escolha. Depois pensei que eram de certeza um perigo para a saúde, dado o seu aspecto poroso e irregular. Imaginei facilmente mil partículas de metal a soltarem-se para o cozinhado. Depois soube que eram fabricados localmente a partir das latas de refrigerantes e gostei ainda mais deles. Mas as partículas tornaram-se lascas.
Só faltava descobrir um dia que aquele brilho fascinante era devido a uma pintura de tinta prateada!
Continuo a vê-los ao longe, lindos, amontoados, como se de uma escultura se tratasse, a brilhar sob este sol de Bissau, em plena Chapa*.
* A Chapa é o local onde em tempos começava a cidade, assinalado então pelo letreiro correspondente. É o ponto de referência mais utilizado. “Fica antes da Chapa ou depois da Chapa?” Agora já não há chapa.
De um prateado ofuscante.
ResponderEliminarTêm piada os das pernas. Imagino-os com as fogueiras por baixo.
e finalmente vejo o bandim :)
ResponderEliminara fotografia ficou óptima.
Em Cabo Verde também fazem uns utensílios semelhantes e uns copos para "fresquinha" feitos de chapas de impressão de jornal. Fiquei de tal modo encantada que trouxe uma gigantesca frigideira e vários copos na mala! No aeroporto não gostaram muito... ;)
ResponderEliminarEsta é a face visível do Bandim. "The dark side" é coberto, labiríntico e, claro, escuro.
ResponderEliminarAí estamos na África profunda!
ai que lindos!!!!!!!!
ResponderEliminarnão precisa de cozinhar neles.
São magníficos para desenhar e pendurar na parede
Também os imagino com flores, utensilios de cozinha ..., dentro!
sabes que um dia tínhamos salmonetes grelhados para o almoço, um pitéu de luxo, certamente importado da tua costa, e chegaram à mesa completamente "prateados", tinha sido o grelhador novo que o cozinheiro comprou (igual a esses !!!) que tinha derretido e derramado a tinta prateada para o nosso peixe grelhado, incomestível assim ! e o cozinheiro dizia : na próxima vez já deita menos tinta ...
ResponderEliminarBrikebrok:
ResponderEliminarEssa história dos belos salmonetes fez-me dar uma boa gargalhada. Obrigada.
Estou mesmo a ver a cena!
A propósito: nunca vi à venda salmonetes por aqui. Começo a pensar que essa vida no Burkina é mais variada do que a que eu levo aqui.
Só essa viagem até á costa!