Mais do que essencial é indispensável.
Durante 4 anos tivemos que lidar com a inexistência de telefone. Nem fixo. Teoricamente, havia um ou outro (na Embaixada, por exemplo) mas apenas eram usados para falar para o estrangeiro uma vez que não havia para quem ligar localmente.
Com, na época, cinco locais de trabalho e vinte professores espalhados pela cidade, oupados em actividades de toda a ordem para além das docentes, foi obra! Criar Oficinas de Língua Portuguesa a partir do nada, sem que se pudesse combinar ou encomendar por telefone, obrigava a deslocações constantes. Novo porblema, dado dispormos de uma única viatura, sempre na oficina. Havia sobretudo que combater as não comparências, os atrasos e para tal tinha que se encontrar o outro, sabe-se lá onde.
Foi-se conseguindo. As coisas foram-se construindo peça a peça, até ter surgido em 2004 esse recurso divino - o telemóvel.
Dei com ele de repente, numa missão. Já se vinha falando da hipóese mas era difícil de imaginar que tal se viesse a verificar. Na Bissau de então, um aparelho a funcionar, fosse qual fosse, era milagroso, um sem fios era verdadeiramente sideral. Odisseia no Espaço, na Guiné-Bissau.
Pois não só surgiram como em poucos meses invadiram o mercado. Satisfaziam uma necessidade muito maior do que por cá e portanto a invasão foi instantânea. Todos os guineenses, pelo menos em Bissau, passaram a ter um. Simultaneanente, nasceram procedimentos que a satisfazem de forma rápida e barata. Comprar um aparelho é a coisa mais simples, carregá-lo é a coisa mais barata do mndo. Num país sem multibanco, o tm carrega-se por cartão ou mini-cartão, que se vendem por todo o lado, na rua, nas lojas e em locais expressamente criados para o efeito.
Toda a gente passou a telefonar, por vezes não se percebe como!
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