29 novembro 2009

Covilhã

Tem sido surpreendente este descobrir que pertenço um pouco a uma terra onde não nasci, onde nunca vivi e onde não fui durante 30 anos. Voltei agora e lá tenho tratado de assuntos bem prosaicos. São esses que também sustentam os laços.

A pouco e pouco voltam pontas de memórias, sempre muito frias, à volta da camilha, ou muito quentes, em frente a um castanheiro gigante, coberto de ouriços, que entrava pela janela da cozinha. Claro que há também recordações de iguarias, algumas bem locais, mas isso será assunto para outros posts.

13 comentários:

  1. uau, voltaste ! gosto tanto daquelas cadeiras da esplanada (que quando se arrastam na calcada fazem um barulho arranhado) e que luz de outono bonita !
    e os marmelos dai ? uhm que saudades de marmelada

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  2. Queremos mais, muito mais.

    Espero que estejam a desenvolver bem os projectos que sonhava concretizar nessa terra.

    E vá escrevendo cada vez mais que esperamos notícias com mais frequência.

    Beijinhos e até breve,
    AC

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  3. Helena
    Sou amiga da Maliche. Estou em Bissau para uma missão da Unesco, durante algumas semanas e voltarei mais duas vezes. Ainda não descobri nenhum loaço com esta terra, embore adore Moçambique e S.Tomé. Porque será???
    Ana Benavente

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  4. Na Covilhã?
    Esta "cheminé" não pertencia a antiga fábrica de lanificios?

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  5. Vera: tens razão, as minhas memórias estão perfumadas com marmelada e sobretudo geleia de marmelo. Mas acho que tudo se passava no verão. Agoraaa em pleno Novº há marmelos à venda por todo o lado. Já não percebo quase nada!

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  6. Ana: Embora estranhe muito, ponho algumas hipóteses que poderão explicar esse desencanto mas de que não posso falar no blog. Manda-me portanto o teu mail.
    Adoro essa terra não pelos monumentos (não existem) mas pelas pessoas. Tudo depende portanto de quem se encontra.
    Fico à espera do mail. Um abraço.
    Apesar da distância penso que poderei dar uma ajuda

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  7. Maman Xuxudidi: De facto a cidade está cheia de chaminés de fábricas falidas algumas das quais se vêem nesta foto. São dezenas. Esta, por acaso é duma padaria também desactivada. Uma tristeza! mas, por outro lado a cidade está cheia de milhares de estudantes universitários vindos de todo o lado quando, há 30 anos os da terra tinahm que sair para estudarem fora.
    Não parece a mesma cidade ... Mas seria muito bom que todos os teares destas fábricas de lanifícios desatassem a trabalhar ...

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  8. Ana Cláudia: Vou tentar, tudo há-de entrar na rotina. Muitas saudades de Bissau e de todos. A chuva e o frio chegaram e finalmente tomei consciência de que não estou aí.Estou ansiosa por estar convosco. Bjs.

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  9. E eu ainda me lembro do barulho dos teares quando se passava perto das fábricas e até dos toques das mudanças de turnos
    Cresci a vê-los parar...
    E não é preciso recuar 30 anos para que tivesse de ter saído dessa terra para estudar
    Iguarias... hum
    Que tal um pastel de molho bem quentinho (que já nem me lembro de comer...)

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  10. Faro-Bissau-Bissau-Faro, é o que tenho saudades de fazer,e quando chega o Inverno ainda mais...Como eu a compreendo(!!!!!)
    Gosto muito do seu blogue. Muita força para continuar.
    Ainda se lembra de mim?
    Agora estou como voluntária na HUMANITARIUS e assim vou conseguindo continuar com o coração na Guiné.
    Um abraço amigo,
    Clara H.

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